sexta-feira, 30 de maio de 2014

Seu filho de 4 anos diz ter uma namoradinha na escola e você não sabe como agir?

Saiba até onde os namorinhos infantis são saudáveis    

Namoro infantil
Confesse: quando você vê duas crianças de mãos dadas, trocando carinhos e dizendo que são namorados, você acha fofo? Mas saiba que não é tão bacana incentivar o namorico. Por mais graciosa e ingênua que a situação pareça, tudo tem seu tempo. Nessas horas, o melhor a fazer é ficar neutra.
Segundo a psicóloga clínica e escolar Joana d’Arc Sakai, “a criança é como uma esponja, que absorve tudo e se espelha, principalmente, nos pais”.
Por isso, é muito comum que os pequenos brinquem sempre (e abertamente) de ser papai e mamãe, sendo o namoro uma expressão simbólica do universo dos adultos.
Para lidar com esse momento do desenvolvimento infantil é importante que os pais saibam entender o contexto em que seus filhos se encontram. Afinal, quando o pequeno declara que está namorando ou que está apaixonado por alguém, nossa tendência é entendermos o assunto a partir do referencial adulto.
A atitude dos pais, nesse momento, é importante: não devem nem ignorar a revelação, tampouco banalizar ou supervalorizar o sentimento. “E aí mora o perigo, pois é preciso cautela e parcimônia, ou seja, não mostrar indignação nem orgulho, entendendo que tal circunstância deve ser considerada a partir do referencial infantil”, afirma a psicóloga.
É brincadeira ou não é?
Os namorinhos de infância podem começar a acontecer relativamente cedo, aos 4 anos, e se estenderem até a adolescência.
Para as crianças, esse tipo de relacionamento funciona apenas como uma brincadeira, ou seja, trata-se do melhor amigo ou do coleguinha preferido para conversar ou para trocar o lanche, por exemplo.
Trata-se de companheirismo, de ficar junto e de demonstrar carinho, mas com poucos enlaces físicos - como abraços e beijos.
É importante perceber que essa experiência será importante no futuro, considerando que contribui positivamente para a autoestima da criança.
Lições para os pais
Afinal, o que os pais devem fazer quando seus filhos pequenos começam a “namorar”?
Primeiramente, é preciso agir com naturalidade, estabelecendo com a criança os limites considerados saudáveis.
Não é adequado, por exemplo, achar “engraçadinho” que as crianças deem selinhos (beijos rápidos) e troquem presentes no Dia dos Namorados.
Segundo a psicóloga, “os pais devem ficar atentos, nem reprimindo, nem incentivando, mas lidando com naturalidade com o assunto, além de estarem sempre abertos para o diálogo com os filhos”.
Desde cedo, a conversa permitirá que as crianças tenham segurança para perguntar sobre qualquer tema, bem como contar suas experiências.
Esse é o caso da bancária Valquiria Martin, de 48 anos, cujo filho Diogo, de 10 anos, comentava desde a pré-escola sobre ter namoradinhas no colégio. Atualmente, o garoto “namora” uma coleguinha de sala da mesma idade.
A mãe conta que o relacionamento dos dois não tem abraços e beijos, mas que o menino afirma ter um friozinho na barriga ao conversar com a namoradinha.
“Não incentivo o namoro do Diogo, mas também não proíbo. Oriento que tudo tem o seu tempo: horário para fazer as lições, para estudar, ir a casa de um amigo, horário para bater papo com os amigos”, diz Valquiria. “Converso para que ele entenda que precisa ter suas prioridades”, completa.
Ajuda fora de casa
Na escola, a orientação é também não proibir, muito menos incentivar. É preciso promover conversas em sala de aula com as crianças, abordando o assunto de acordo com cada faixa etária e a maturidade do grupo.
É recomendado, tanto da parte dos pais, quanto da escola, mostrar as diferenças entre mundo adulto e o infantil. “Infância é momento de brincar, de jogar, de dar vazão à imaginação plena e não combina com assumir compromissos, como um namoro”, exemplifica a psicóloga Joana.
O mais importante é poder viver as fases de desenvolvimento de modo pleno, sem queimar etapas, respeitando assim, a maturidade que vai sendo adquirida ao longo do tempo.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Se afastar de usuários de drogas nem sempre é fácil, mostra estudo 6

No período de recuperação, dependentes de álcool e outras drogas são sempre orientados a estabelecer novas amizades, a fim de se afastar da antiga rede de usuários. Mas um estudo realizado nos Estados Unidos mostra que isso não é tão fácil, especialmente para mulheres de baixa renda que dependem de outras pessoas para trabalhar e viver.
Em um artigo publicado no periódico Qualitative Health Research, pesquisadoras da Universidade Case Western Reserve comentam que, em muitos casos, outros membros da família também são usuários de drogas. E não dá para evitar a convivência diária com essas pessoas. O trabalho foi feito com 377 mulheres de classe baixa em Cleveland, e financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde.
As participantes foram acompanhadas ao longo de um ano. No início da pesquisa, fizeram uma lista com 25 pessoas de sua rede social e descreveram o risco que cada uma apresentava de fazê-las voltar ao vício.
As pesquisadoras descobriram que, após seis meses do tratamento, as mulheres que tinham usuários de drogas entre parentes ou amigos eram mais propensas a voltar ao vício. O medo de perder essas pessoas, assim como o estigma e a culpa pela dependência, foi uma barreira importantes para a recuperação.
As mulheres tinham de fazer verdadeiros malabarismos para administrar o contato com usuários, já que não tinham recursos para mudar de endereço ou, por exemplo, contar com outras pessoas para cuidar dos filhos.
O estudo também mostrou que, embora as crianças sirvam como um motivo para querer abandonar o vício, cuidar dos filhos – que muitas vezes também apresentam problemas comportamentais – representa um fardo na vida dessas mulheres.
A pesquisa também indicou que grupos de apoio, como os de” 12 passos”, ajudam a fazer novos amigos, diminuindo o isolamento e trazendo uma perspectiva mais positiva. No entanto, muitos dos líderes desses grupos não tinham habilidades para lidar com os transtornos mentais de várias dessas dependentes.
Trabalhos desse tipo mostram o desafio que é tratar a dependência, já que nem sempre é possível tirar uma pessoa de um ambiente de risco. Quanto menos apoio ela tiver da sociedade, maior será a dificuldade para vencer as drogas.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Separação sem sofrimento: como encarar essa fase difícil?

Dicas ajudam a superar o momento e dar a volta por cima
Crédito: Thinkstock
    
Quando uma relação começa, seja um namoro ou casamento, todo mundo imagina que vai durar para sempre e que o amor será eterno. Mas não é bem assim que acontece. Em alguns casos, as brigas, falta de afeto, de companheirismo ou outras situações do dia a dia do casal acabam levando à separação.
O momento é como um luto que precisa ser encarado de frente. Mas é importante saber que há luz no fim do túnel e que depois de um tempo isso passa. Você pode até chegar à conclusão de que o fim da relação foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Enquanto isso não acontece, veja as dicas da escritora Luiza Costa Gonçalves, autora do livro "Pergunte a uma mulher" (Ed. Pandorga).

Como lidar com a separação

como-lidar-com-separacao.jpg
Em meio ao turbilhão de emoções fica difícil ver que essa pode ser uma nova oportunidade (Crédito: Thinkstock)
"Sentimos tanta dor ao perder alguém, que muitas vezes não sabemos diferenciar se é pela perda do amor, da companhia ou até mesmo do ego. Pode até ser difícil em meio a um turbilhão de emoções, porém, a separação pode ser uma nova oportunidade de vida", afirma.
É preciso também se permitir recomeçar, levando tudo o que passou como aprendizado. "Os erros e acertos da relação passada ajudarão a construir futuras relações muito melhores e mais saudáveis do que a que você já teve", diz.
Para isso, nada melhor que o tempo, afinal, nenhuma dessas mudanças irá acontecer de um dia para o outro. Enquanto isso, nada de se atropelar ou de ficar se fazendo de coitada e pegando no pé do ex-parceiro. "Ninguém gosta de uma pessoa que reage de forma imatura e, mesmo se gostasse, essa posição nunca será benéfica para quem sofre", explica.

Ainda gosto do ex

ainda-gosto-do-ex.jpg
Tenha senso prático e maturidade: nenhuma relação sobrevive só de amor (Crédito: Thinkstock)
Quando a separação aconteceu, mas o sentimento ainda existe, fica ainda mais difícil superar. Mas nenhum relacionamento sobrevive só de amor. O sentimento precisa existir em mão dupla e com respeito. Se um dos envolvidos não quer mais, respeite. "Tem gente que tenta forçar uma situação que no fundo sabe que dificilmente terminaria bem, e acaba ficando à espera de um milagre, que no fim nunca acontece", diz.
Nessa hora é preciso ter senso prático e agir com maturidade. Aproveite esse tempo para fazer algo construtivo que irá aliviar sua dor ou até mesmo algo que você sempre quis fazer, mas que o parceiro nunca deixou. Outra dica é escrever em um papel tudo o que você procura em uma relação, assim, se houver uma reconciliação ou se surgir uma nova pessoa na sua vida, fica mais fácil delimitar o que você quer e o que não quer mais.

Separação com filhos

separacao-com-filhos-como-lidar.jpg
Crianças não devem ser disputadas, mas tratadas com naturalidade (Crédito: Thinkstock)
No caso de casal com filhos, a separação certamente vai doer para eles, mas pense que seria pior se eles percebessem que vivem em uma casa onde não há mais amor. Por isso, nada de colocar empecilhos na cabeça deles, como disputa de guarda. "É importante tentar preservar o máximo da naturalidade na relação entre pai e mãe e manter a paz familiar, porque quem se separou foi o casal, não o amor pelos filhos", finaliza.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Como cultivar a paciência

Na tensão emocional em que vivemos, vez ou outra é comum o sentimento de impaciência: no trânsito, no trabalho e, principalmente, com aquelas pessoas irritantes ao nosso redor. Saiba como ser mais tolerante e garantir, assim, menos aborrecimentos e cabelos brancos!
- Respire 10 vezes. Se você
Como cultivar a paciência
Foto: Shutterstock Images
estiver a ponto de explodir, melhor do que contar até 10, é fazer 1o respirações profundas . Isso vai lhe trazer equilíbrio para enfrentar o momento de raiva.
- Beba a água da paz. Conta-se que Chico Xavier, quando começou a se despontar como médium, precisou de paciência para lidar com a discriminação e a zombaria de muitas pessoas. Então, certo dia, sua mãe – em espírito – lhe recomendou um remédio – a Água da paz: a cada injúria que ouvisse, ele deveria encher a boca com um pouco de água e mantê-la ali, enquanto persistisse a tentação de responder ao provocador.
- Tenha compaixão. Procure se colocar no lugar das pessoas complicadas, reconhecendo suas experiências passadas, dores e decepções. Assim, fica bem mais fácil não se deixar levar por suas negatividades.
- Mude o foco. Quando perceber que vai perder a paciência com alguém, mude o foco de seus pensamentos e sentimentos. Quanto mais você pensa na situação de conflito, mais desequilibrada se torna. Nessa hora, busque a lembrança de um momento feliz em sua vida, uma música que lhe traz paz interior ou alguém que você ama.
- Saia de perto. Não dê poder às provocações da outra pessoa. Em uma discussão, ninguém vence! Então, afaste-se, diga que precisa ir ao banheiro e não fique perto de quem quer roubar a sua paz.
- E atenção: tolerância não quer dizer omissão! Você deve entender o sentimento e o comportamento de uma pessoa, mas  jamais pode se omitir caso as atitudes dela ultrapassem o limite do bem-estar dos outros, causando-lhes danos ou prejuízos. Nesse caso, aguarde até o clima tenso esfriar e tome as providências cabíveis.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Como ajudar alguém com problemas psicológicos a buscar ajuda?

Costumo sempre dizer que é muito diferente uma pessoa precisar de auxilio psicológico, e essa pessoa buscar por este auxilio. Precisar e buscar são etapas terapêuticas necessárias e muito particulares. Acontece com todos os casos, inclusive com aquela pessoa que deseja e acredita nesta ajuda psicológica para si mesmo. Então, mesmo a pessoa querendo uma ajuda, não significa que ela irá até essa ajuda ou mesmo que irá tão brevemente. E esta reflexão sobre quando, onde, com quem e porque buscar ajuda já é considerada parte do processo terapêutico. Os receios, as necessidades, os desejos e os tempos de cada etapa são muito particulares para cada pessoa e em alguns casos podem levar anos para se concretizar (isso quando se concretizam). 

Por que é tão difícil admitir que se precisa de ajuda?

Ainda é muito comum as pessoas acreditarem que o único motivo merecedor de ajuda psicológica ou mesmo psiquiátrica são as necessidades de quadros ou diagnósticos extremos como: uma depressão grave, um transtorno relevante ou um quadro de esquizofrenia. Isso assusta e afasta muitas pessoas do consultório... Uma das primeiras frases que costumo ouvir de um paciente novo é: ?Não sou louco! Não sei você pode me ajudar ou se é aqui que resolvo isso?. Muitos ainda não entendem bem o porquê de um psicólogo ou para que procurar este profissional. E por isso acabam desenvolvendo a ideia de que somente aqueles que (de acordo com o julgamento deles) não são capazes de uma estrutura é que deveriam estar em um consultório terapêutico. 
E é ai que está o maior engano. Um consultório psicológico serve justamente para qualquer pessoa, independente necessidade e diagnóstico, que seja capaz de ir e vir, de questionar o outro e a si mesmo, que possa ter consciência de si e do meio e que assim consiga entender suas limitações, conflitos e dificuldades para poder trabalhar com isso em sua vida. 
A negação faz parte do inicio pré-terapeutico e às vezes ela persiste mesmo durante o processo de acompanhamento. É sempre importante respeitar o tempo e o limite de cada pessoa, pois nem sempre é fácil admitir ou perceber que estamos sofrendo ou angustiados. Usamos de disfarces, desculpas e justificativas para nos proteger da ideia do admitir alguma fragilidade e isso normalmente ocorre porque lidar com este ponto não é fácil (independente o que seja). 
No fundo, todos nós temos receios de não dar conta de nossas questões, de nos perdermos, de não sermos suficientes em nosso equilíbrio entre razão e emoção. E por isso precisamos provar (para nós mesmos) que damos conta sim de nossas questões. E a ideia de tentar ou conseguir sozinho nos representa uma fantasia de poder. A humanidade ainda possui grandes e bons conflitos, em que são confundidos alguns conceitos, como acreditar que buscar ajuda é uma incapacidade e essa ideia é um grande equívoco. 

Como sugerir que a pessoa busque ajuda?

Por isso, indicar ou sugerir para alguém um apoio psicológico é mais delicado do que pode parecer, pois a pessoa pode ainda não ter entrado em contato com seus conflitos e angustias ou, mesmo que já os esteja percebendo, pode ainda estar confusa e com medo de mexer ou analisar este conteúdo. Assim, esta é uma situação que não deve ser forçada nunca. 
Para um processo psicológico saudável e efetivo, devemos sempre considerar, como fundamental, o interesse e também a disposição por parte da pessoa para com todo o trabalho psicológico. Isso mesmo, sem interesse e participação da pessoa, não é possível uma ajuda efetiva, no máximo uma ajuda paliativa. Não existe ajuda eficiente sem que a pessoa aceite primeiramente ser uma paciente. 
Quando nos assumimos enquanto pacientes, estamos assumindo para nosso EU que algo não vai bem, independente o que seja e qual intensidade e se escondemos algo. Neste momento abrimos uma porta para começar uma investigação sobre nossas intimidades. Às vezes são questões que estão muito latentes e ao nosso alcance de percepção, ou outras vezes podem ser pontos ainda não perceptíveis, mas refletidos em outros sintomas que nos chamam a atenção. 
É importante para aqueles que desejam ajudar, entenderem que o receio, a resistência e até a negação fazem parte, pois são formas de defesa de todo ser humano. E que forçar o outro a fazer algo ou adotar uma ideia, não ajuda e muitas vezes piora. O mais indicado é mostrar que é compreensível e ao mesmo tempo está preocupado.
Uma sugestão simples é em algumas conversas com esta pessoa, que possa estar precisando de ajuda, tentar exercer um papel de espelhamento. Mostre aos poucos e com muito tato e paciência os sintomas que a pessoa vem apresentando como: sofrimento, angústia, irritação, apetite descontrolado, dificuldade em se manter empregado ou qualquer que seja o quadro. Ajude-a perceber e pensar na intensidade dos sintomas ou do caso e como isso pode estar fora de um grau saudável ou mesmo já esteja prejudicando sua vida, causando perdas e sofrimentos. Faça isso através de pequenas conversas orientadoras e explicativas dando sua opinião, mas não a impondo como verdade. Pode também mostrar reportagens ou histórias de casos que vocês conhecem ou ouviram falar para ajudar na percepção e no autoreconhecimento desta pessoa. 
Atenção! Deve-se sempre tomar muito cuidado para não criar ou imaginar diagnósticos por conta própria e firmar esta ideia, nem mesmo para tentar usar disto para convencer e levar a pessoa para uma ajuda. Isto é muito comum de acontecer e normalmente causa grandes conflitos e angústias. Somente os profissionais podem de fato diagnosticar e saberão junto ao paciente diferenciar os sintomas de um quadro fixo dos sintomas passageiros, por exemplo, diferenciar tristeza de depressão. Quando alguém despreparado já anuncia que o outro pode estar doente, pode criar uma grande resistência e dificultar o inicio da ajuda. Então, apenas se mantenha mostrando que está preocupado e que poderá ser importante e até gerar alivio ouvir a opinião de um profissional. 
Vale saber, também, que buscar uma análise de um profissional não significa realizar um acompanhamento. Os primeiros encontros são utilizados para uma entrevista, para que paciente e profissional se conheçam, sem compromisso de ir adiante. Caso cheguem à conclusão que não precisa de auxilio psicológico isso será mostrado por ambas as partes. Cada caso sempre será visto e recebido em sua particularidade. Mostrar isso para a pessoa que acredita estar precisando de ajuda muitas vezes ajuda neste passo de ir até o consultório. 
Explique, também, que a relação do psicólogo é muito diferente da relação com uma mãe, um pai, irmão, amigos... A neutralidade afetiva faz toda diferença para que a pessoa possa ser vista e compreendida por diferentes ângulos e assim poderá ter a chance de se perceber, se entender, ser acolhida e assim poder fazer algo que seja significativo e construtivo para com sua vida e necessidades. 
Para terminar reforço que buscar, iniciar e manter uma terapia psicológica, apesar de proporcionar um espaço de alívio e construções para vida, também exige coragem, pois o paciente irá entrar em contato com certas intimidades a seu respeito que muitas vezes são desconhecidas e ele nem sempre está preparado para lidar. Por isso o ideal é não forçar essa busca.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Quanto de intimidade, paixão e compromisso existe entre você e seu parceiro amoroso?

A paixão mútua atrai os parceiros amorosos para o relacionamento. A intimidade dá sentido, conteúdo e estabilidade para este relacionamento e ajuda a paixão a se transformar em amor! Os compromissos vão selando essa evolução (namoro, noivado, casamento).
Neste artigo vamos examinar a teoria triangular de Sternberg para descobrir quais são os três ingredientes do amor e quais são os tipos de amor que acontecem quando apenas um, dois ou os três ingredientes do amor estão presentes.
Uso muito essa teoria no meu consultório para fazer uma espécie de radiografia do conteúdo amoroso dos pacientes individuais e casais que procuram terapia.

Ingredientes do amor

Existem muitas teorias que tentam explicar o que é o amor, como ele nasce e quais são os seus tipos. A teoria triangular de Robert J. Sternberg, famoso pesquisador do amor e editor do livro “Psychology of Love” faz algo diferente. Esta teoria apresenta os ingredientes do amor. Segundo essa teoria, o amor é composto por três ingredientes: intimidade, paixão e decisão/compromisso.
Veja um resumo do exercício que costumo fazer com os pacientes que querem ou precisam entender os conteúdos dos seus amores.

Intimidade

Segundo Sternberg a intimidade tem as seguintes componentes
1. Desejo de promover o bem estar do amado
2. Ficar feliz quando está com o amado
3. Ter muita consideração pelo amado
4. Ser capaz de contar com o amado em caso de necessidade
5. Ter compreensão mútua com o amado
6. Compartilhar o que se passa consigo
7. Compartilhar as posses com o amado.
7. Receber e dar suporte emocional para o amado quando há necessidade
8. Cumunicar-se íntimamente com o amado
9. Valorizar a presença do amado na própria vida

Paixão

Sternberg usa o termo “paixão” para se referir aos sentimentos românticos e ao desejo e prazer sexual.
As seguintes questões vão lhe ajudar a avaliar quanto você sente de romantismo e atração e desejo sexual pelo seu parceiro.
Paixão romântica
1- Quão romântico você se sente pelo parceiro?
2- Quão frequente você fica se imaginando momentos românticos entre vocês dois? Quando você vê um filme romântico, lê um livro romântico ou ouve uma música romântica você fica se imaginando com ele?
3- Quantas vezes você fica olhando para os olhos do seu parceios e trocando juras de amor com ele?
4- Você gosta de dançar de rosto colado com ele?
Paixão sexual
1- Quanto você deseja sexualmente o seu parceiro?
2- Quanto você gosta do contato físico com ele?
3- Quanto você gosta de fantasiar intimidades sexuais com ele?
4- Quanto de prazer sexual você sente nas relações sexuais com ele?

Decisão/Compromisso

1- Você espera que o compromisso com o parceiro dure pelo resto da vida?
2- Quão determinada você está para se esforçar para manter esse compromisso?
3- Quão certo você está do seu amor pelo parceiro?
4- Você não consegue se imaginar fora deste relacionamento?
5- Você evita situações que poderiam por em risco o compromisso com seu parceiro?
6- Você imagina que o seu compromisso com o seu parceiro é tão forte que resistiria a grandes provas?

Aspectos importantes da teoria triangular

As intensidades dos três ingredientes do amor variam muito entre os relacionamentos.  Eles podem ser quase nulos, entre duas pessoas que acabaram de se conhecer e não sentem muita atração ou simpatia inicial até imensos, entre duas pessoas que estão apaixonadas, sentem muita atração  sexual mútua, sentem muita amizade uma pela outra e acabaram de se casar com o propósito de permanecerem juntas “até que a morte nos separe”. Sternberg representou essas variações de intensidade através de variações nas áreas e nos comprimentos relativos dos lados do triangulo que representam cada um desses ingredientes (triângulos equiláteros, obtusos, etc.). Um triângulo com uma pequena área representa uma intensidade muito pequena desses três ingredientes. Um triângulo com uma área muito grande representa uma grande intensidade desses três ingredientes.
As intensidades absoluta e relativa dos ingredientes podem ser diferentes para os dois parceiros de um mesmo relacionamento.  Por exemplo, um deles pode sentir muito mais amor romântico e desejo sexual pelo outro do que vice versa. No meu consultório, tenho encontrado muitos casais que reclamam que oferecem mais intimidade e que expressam mais sentimentos românticos pelo outro do que recebem. Muitas vezes também alegam que o outro só quer sexo e que não deseja se separar.
Essa teoria é muito útil para entender o que se passa em diversos tipos de relacionamentos. Vamos examinar agora os tipos de relacionamentos nos quais estão presentes apenas um, dois ou esses três ingredientes do amor.

Tipos de relacionamentos amorosos

Leia as seguintes descrições e veja qual delas mais se aproxima do que se passa entre aquelas pessoas cujo amor você quer entender.

Nenhum dos três ingredientes do amor está presentes (“Não amor”)

Por exemplo: relações impessoais entre um vendedor e comprador que são neutros em relação ao outro, em termos dos sentimentos de simpatia ou atração interpessoal.

Só intimidade (“Gostar”)

Só o ingrediente intimidade está presente. Por exemplo, uma pessoa gosta da outra, querer o seu bem, aceitá-la como ela é, dar-lhe apoio e gostar de conversar com ela. Mas, não sentir nada na área romântica e sexual por ela e não ter nenhum compromisso amoroso por ela.
A intimidade pode estar presente em outros tipos de relacionamento como, por exemplo, na amizade e em relacionamentos entre parentes. Vários dos seus aspectos também estão presentes no relacionamento entre psicólogos e seus pacientes onde estes compartilham suas intimidades com aqueles. O vice versa não está previsto neste tipo de relacionamento.

Só paixão (“Paixão”)

Para Sternberg, o termo “paixão” inclui tanto o romantismo como o desejo sexual. Há paixão quando uma pessoa tem fortes sentimentos românticos por outra quando pensa nela o tempo todo, fantasia que está namorando com ela e passa horas analisando os detalhes dos encontros. Uma pessoa tem desejo sexual por outra quando desenvolve fantasias sexuais nas quais ela está envolvida  e sente excitação sexual na sua presença ou quando antecipa que vai encontrá-la.

Só compromisso (“Amor vazio”) 

Curiosamente, o compromisso pode ser o único destes três ingredientes que está presente tanto no início (menos comum) como no fim dos relacionamentos. Por exemplo, ele é o primeiro que está presente nos casamentos arranjados onde os noivos não se conheciam anteriormente. Existem relatos que indicam que os outros ingredientes do amor podem surgir em casamentos arranjados e que, em média, os cônjuges se amam tanto ou mais do que nos casamentos onde são eles que se escolhem.
O compromisso é o último ingrediente que ainda está presente em certos relacionamentos onde a intimidade, o romantismo e o desejo sexual, que existiram um dia, acabaram, mas os parceiros ainda permanecem casados.

Intimidade e paixão ("Amor romântico" )

O compromisso está ausente neste tipo de amor. São relacionamentos onde os encontros são intensos, cheios de romance, sexo e intimimidades. O casal, no entanto, não faz planos, não age de forma comprometedora (por exemplo, os parceiros não apresentam o outro para os amigos e familiares e não marcam quando vão se encontrar novamente).

Intimidade e compromisso (“Amor companheiro”)

Neste tipo de amor só existem a intimidade e o compromisso. O romantisco e o desejo sexual não ocupam papéis muito importantes neste tipo de amor.
Este tipo de amor é aquele que ocorre com os “estórgicos” (amor cujo cerne é a amizade, segundo a classificação de John Alan Lee – veja o meu artigo a este respeito, publicado neste blog). Este tipo de amor também ocorre bastante com pessoas casada há muito tempo: a paixão e o desejo sexual foram ficando cada vez mais fracos.

Paixão e compromisso (“Amor fulgaz”)

Amor fugaz pode ser exemplificado por um repentino namoro e casamento. Este tipo de amor ocorre com aquelas pessoas que assim que conheceram foram tomadas por uma intensa paixão mútua e se casaram (Las Vegas, nos EUA, faz muitos casamentos deste tipo). Com muita sorte esta paixão se transforma em amor. Em uma grande quantidade de casos, a idealizaçao do parceiro que deu margem à paixão não resiste ao convívio e, ai então, a intimidade não se desenvolve, a paixão não deságua no amor e deixa de existir e o compromisso é rompido.  

Intimidade, paixão e compromisso (“Amor completo”)

Todos os três ingredientes do amor estão presentes em uma boa intensidade neste tipo de amor. Quando isso acontece, geralmente os relacionamentos são muito felizes, duradouros e fieis.
Um estudo estimou que o efeito deste tipo de relacionamento para a felicidade equivale a um aumento de quatro vezes no salário!
O amor completo é considerado como o tipo ideal. De acordo com Sternberg, aqueles casais que têm esse tipo de amor também têm muito mais chances de serem felizes, são amigos entre si, têm muitos anos de relações sexuais, não conseguem se imaginar felizes com qualquer outra pessoa, ultrapassam dificuldades, e ambos se encantam no relacionamento com o outro.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Amor levando ao fim

 
Ilustração: Lumi Mae
Ilustração: Lumi Mae
A grande maioria das pessoas que responderam à enquete da semana já pensou em se matar por amor em algum momento da vida. O fim de um relacionamento é tão doloroso, que muitos estudiosos consideram o sofrimento comparável em intensidade à dor provocada pela morte de uma pessoa querida.
Quando alguém é abandonado se convence de que não foi o que deveria ter sido e não deu o que deveria ter dado ao outro. A pessoa se responsabiliza por ter falhado. Este é o momento em que se deseja morrer, de alguma doença ou de um acidente, porque não é suportável a ideia de que o abandono foi causado por uma insuficiência própria. Os suicídios se situam aí, ou seja, quando a relação é vivida como fracasso e surge a certeza da incapacidade de manter o outro interessado.
O sentimento de desvalorização é intenso. O filósofo dinamarquês Kierkegaard (1813-1855) expressou bem essa ideia: “Desesperar-se por qualquer coisa não é ainda, pois, o verdadeiro desespero. É o princípio; é como quando o médico diz que a doença ainda não se manifestou. O estágio próximo é a manifestação evidente: desesperar-se de si mesmo.”
O sentimento de culpa tortura a alma da mulher abandonada. Repete mil vezes para si mesma que não conseguiu manter o amor do homem, que não tem atrativos, que tudo é culpa dela. O ódio que ela sente do homem que a abandona e da mulher que o roubou transforma-se em ódio de si mesma. Assim como a poeta grega Safo, que abandonada pela amante, atirou-se ao mar do

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Anel solitário é aposta certeira para noivos que têm medo de errar

Mesmo que as tradições no noivado venham se adaptando aos novos tempos, e existam casais que já não fazem questão dessa celebração, alguns ainda gostam de marcar a etapa inicial do casamento de maneira especial. Com ou sem festa, a proposta feita vem sempre acompanhada de uma surpresa que agrada a todas as noivas: o sonhado anel.
Entre algumas versões históricas, reza a lenda que a celebração do noivado surgiu quando um arquiduque austríaco presenteou sua amada com um anel solitário de diamante, sugerindo a solidez do relacionamento. Desde então, homens de vários países e idades seguem com esse costume. Na maioria dos casos, o noivo é quem escolhe a joia para fazer surpresa à amada. Ele pode até consultar uma amiga ou parente da amada para não errar na escolha, mas cabe a ele a responsabilidade de agradar. Para os que têm medo, a sugestão é apostar nos clássicos.
O anel de modelo solitário, em que apenas uma pedra preciosa se destaca na aliança, é feminino e delicado, servindo também para substituir o aparador (aquele anel mais justinho que não deixa a aliança cair do dedo) e ser usado com a aliança após o casamento. Versátil, ele aparece no mercado confeccionado de maneiras diversas, combinando pedra e materiais finos. Na hora da escolha, é importante lembrar o estilo e as preferências da futura esposa para aumentar as chances de acerto.

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Atrasar o anticoncepcional traz risco de gravidez? Jairo Bouer explicaComente

O tema do @saúde desta terça-feira (14) é uso de anticoncepcional. Muitos ginecologistas recomendam o uso contínuo da pílula anticoncepcional para reduzir sangramento excessivo, cólicas e até controlar a TPM (tensão pré-menstrual).
Há mulheres, no entanto, que ainda têm dúvida se esse uso pode trazer problemas para engravidar no futuro. O médico especialista em sexualidade Jairo Bouer fala sobre essa questão e ainda chama atenção para a relação entre idade avançada, anticoncepcional e gravidez.

Ainda sobre o uso de anticoncepcionais, Jairo Bouer explica se atrasos na ingestão da pílula são capazes de anular a eficácia do método.
E quando o anticoncepcional receitado pelo médico tem efeitos colaterais, como queda na libido e falta de lubrificação? Jairo Bouer explica que a primeira recomendação é trocar o tipo de pílula e que há alternativas, caso o problema persista.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sete macetes para aumentar o pique no trabalho

Tem semanas em que a vontade é ficar na cama, com os pés para cima e sem compromisso nenhum. Mas o trabalho não dá trégua e o jeito é buscar alternativas para manter o ânimo e dar conta das tarefas profissionais. "É fundamental identificar essas armadilhas que nos pegam durante a rotina, desviando o foco e roubando o tempo", afirma a psicóloga Milene Rosenthal, do projeto Psicolink. Para terminar o dia sem esgotamento e aguentar firme a semana, algumas dicas de organização são o segredo. Uma equipe de especialistas sugere opções para você adotar e conseguir vencer o expediente - em vez de ser vencido por ele. 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Por que irmãos brigam tanto?

    

Atire a primeira pecinha de Lego a mãe que nunca se descabelou tentando exercer o papel de juíza e apaziguar as brigas entre os filhos. Haja razão e equilíbrio para tentar chegar em um consenso entre quem começou, quem jura que não revidou e quem está convicto de que não fez nada. E qualquer que seja a decisão final, sempre tem uma reclamação dirigida à meritíssima, vulgo mãe, que inclui a palavra "injustiça".
Os desentendimentos parecem ser o passatempo preferido das minhas filhas. Especialmente durante as férias, filas de restaurantes e viagens de carro. Eu tenho certeza que em algum lugar no dicionário fraternal está escrito que briga é sinônimo de diversão.
Está entediada? Dá um peteleco na irmã que passa o tédio.
Está em busca de um agito?  Chega perto da televisão e muda o canal. É certeza que vai ter que sair correndo.
Está precisando dar umas risadas? Fala que está sentindo um cheiro ruim e acha que foi seu irmão que soltou pum.
Foi só quando li um artigo publicado há um tempo na revista TIME (é longo e está em inglês, mas a leitura vale a pena!) que a dinâmica das brigas entre irmãos começou a fazer algum sentido nesta cabeça de mãe que procura a razão de tudo.
Segundo o texto, alguns cientistas começaram a desenvolver pesquisas para tentar entender quais são os fatores que realmente moldam o caráter de uma pessoa. Claro que o pai e, principalmente, a mãe são importantíssimos, mas tiveram descobertas incríveis quando passaram a contar com outras variáveis.
"Por volta dos 11 anos, as crianças dedicam 33% do seu tempo para seus irmãos - mais tempo do que eles passam com amigos, pais, professores ou até mesmo sozinhos" (esta foi uma das conclusões de um experimento conduzido pela Universidade de Penn State).
O artigo também cita o psicólogo Daniel Shaw, da Universiade de Pittsburgh, que usa uma metáfora interessante: "Em geral, os pais têm o mesmo papel dos médicos nas visitas de rotina, eles cuidam do quadro geral. Os irmãos são como as enfermeiras na enfermaria. Eles estão lá todos os dias. Toda essa proximidade cria bastante intimidade - e bastante desgaste".
E os números apresentados por Laura Kramer, professora de estudos aplicados da família na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, são bastante esclarecedores. Ela descobriu que, em média, irmãos entre 3 a 7 anos brigam cerca de 3,5 vezes por hora. Porém, um estudo canadense mostrou que as crianças de 2 a 4 anos superam os mais velhos. São cerca de 6,3 conflitos por hora! "Conviver com uma irmã ou irmão pode ser  uma experiência frustrante", afirmou a pesquisadora.
A conclusão é que os irmãos se desentendem porque estão próximos, porque disputam as mesmas coisas (atenção, brinquedos, espaço) e porque encontram no parceiro próximo aquela liberdade de extravasar os limites.
Para as crianças, as brigas fraternas fazem parte do desenvolvimento e supostamente auxiliam no crescimento e na aquisição da maturidade. Já para as mães, que têm de administrar as 6,3 brigas por hora, eu acho que deve ser algum treinamento secreto para moderadora de conflitos na ONU. Só pode ser isso...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Gestão Pessoal

Nosso mundo nunca viveu tanta turbulência - mudança é a única coisa permanente em nossos dias. Esta frase já era ouvida no início dos anos da década de 1970, com o prenúncio da Era da Informação que seguiu à Era Industrial, conforme anunciado por Alvin Toffler (escritor futurista) em seu livro "A Terceira Onda". Muitas mudanças previstas foram realizadas mas nunca pararam e assumem ritmo cada vez mais vertiginoso.
Um acrônimo surgido nos anos da década de 1990 entre os militares e atualmente usado para se retratar a turbulência que desafia a liderança estratégica é: VUCA ou (em Português) VICA: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.
Em que se baseia a pressão no ambiente de trabalho?
Volatilidade tem a ver com o tipo de mudanças que enfrentamos e principalmente sua velocidade. Enfrentamos desafios decorrentes de instabilidades repentinas no mercado e no ambiente que requerem rápida adaptação de nossos sistemas para não entrarmos em colapso.
Incerteza é resultante da falta de previsibilidade e as surpresas que vivemos com alta frequência em nosso mundo atual que dificultam o planejamento. Podemos até conhecer as variáveis de um problema mas uma mudança pode colocar tudo em risco.
Complexidade - talvez o que aprendemos mais dura e expressivamente nas últimas décadas é a complexidade gerada por uma economia globalizada e as forças multifacetadas em outros aspectos - políticos, sociais, psicológicos - que geram confusão e sensação de caos em todos os níveis.
Ambiguidade é percebida pela quantidade de paradoxos carregados de ambuiguidade que batem à nossa porta e gritam em nosso ouvidos. Os problemas - aqueles desvios do esperado que precisamos descobrir a causa e corrigir - são inofensivos, diante de paradoxos em que não se tem uma resposta única como no caso de um problema. Devemos focar no mercado local ou global? Devemos priorizar a vida familiar ou o trabalho? Priorizamos o curto ou o longo prazo? O mundo de hoje é recheado de ambiguidades.
E o que isso significa para os pobres mortais que trabalham em organizações imersas num mundo de VICA?
Segundo o especialista em liderança Kevin Cashman, em artigo de 2013 publicado na Revista Forbes, "Para ter sucesso em nosso mundo volátil, complexo e ambíguo, nós não temos escolha que não se desenvolver até a maestria em nossa habilidade de aprendermos e nos adaptarmos."
Em nosso mundo que as fórmulas do passado não se aplicam por que causas e efeitos se confundem em paradoxos em constante mudança, o conhecimento acumulado de dados, teorias e métodos tem pouco valor. Fazer novas leituras instantâneas do cenário que se apresenta, descobrir conexões de elementos até então desconhecidos, enfrentar ameaças que demandam tomada de riscos até então distantes são dos desafios que temos que lidar. A consequência: uma pressão intensa no dia a dia que vem do mercado, do ambiente globalizado e cai sobre a mesa e a cabeça de cada um de nós, em formas das mais variadas.
Por este motivo, recentemente, uma competência de maior valor no mercado de trabalho é a "Agilidade para Aprender". Relacionada dentre mais de 40 competências que fazem parte do "cardápio" do "Arquiteto de Carreira", criado pela consultoria americana Lominger e hoje comercializado pela gigante Korn-Ferry, ela está adquirindo uma notoriedade impressionante. As grandes empresas correm atrás de formas de medir o quanto seu talentos de liderança possuem a Agilidade para Aprender que se define por cinco dimensões:
1ª) Agilidade Mental: capacidade de pensar criticamente para decifrar problemas complexos e de fazer conexões inusitadas e originais para lidar com esta complexidade.
2ª) Agilidade com Pessoas: capacidade de entender e se relacionar com as pessoas de forma a conseguir o desempenho coletivo, nitidamente dependente de outra exigência do mundo moderno - a inteligência emocional.
3ª) Agilidade para Mudança: curiosidade intelectual, gosto pela experimentação e capacidade de operar em situações ambíguas, correr riscos diante de dilemas.
4ª) Agilidade para Resultados: capacidade de tomar iniciativas, assumir desafios com confiança em si mesmo e nas outras pessoas, com resiliência e otimismo.
5ª) Autoconhecimento: talvez a base de todas as demais - capacidade de se avaliar e se criticar para entender nossos pontos fortes e vulnerabilidades, compreendendo o impacto pessoal e sobre os demais.
Alguns leitores do Cyber Carreira do Vya Estelar (veja aqui) questionam sobre uma pergunta que vem sendo cada vez mais frequente em entrevistas de seleção:

"Você consegue trabalhar sob pressão?"

Diante dela, obviamente, vem aquela enxurrada de perguntas: Pressão, que tipo de pressão? Trabalhar mais de doze horas por dia? Sacrificar minha vida social e familiar? Fazer algum "trabalho sujo" que resvala no antiético? Trabalhar para dois ou três chefes ao mesmo tempo com demandas conflitantes?
E o que responder - afirmar categoricamente que você é o "robocop corporativo" e nada, nem ninguém consegue dobrá-lo? Ou coloca seus limites do tipo de pressão que está disposto a aguentar, correndo o risco do entrevistador incompetente exclui-lo do processo porque você não cumpriu seu "check-list"?
Diante de entrevistadores medíocres, uma mentira deslavada de que você topa qualquer parada pode ser suficiente. Entretanto, é necessário se preparar para entrevistadores preparados e inteligentes que diante de sua resposta positiva à pergunta sobre a capacidade de trabalhar sob pressão, fará perguntas pedindo para você exemplificar situações passadas em que você viveu pressões importantes no trabalho e como você se saiu.
Se temos algo interessante e verdadeiro para compartilhar, a descrição do cenário atual do mundo VICA e as dimensões apresentadas da competência de "Agilidade de Aprendizagem" servem para identificar e estruturar nossas histórias de uma maneira mais inteligente e convincente.
Você pode, por exemplo, relatar uma experiência em sua carreira, em que assumiu um cargo de complexidade muito maior do que estava acostumado e como você foi ágil para avaliar o que precisava aprender para dar conta do recado.
Outra situação vivida em sua carreira pode ser a de um convite para uma mudança de cidade, país, área de trabalho em que as incertezas demandaram sair de sua zona de conforto e o quanto você se dispôs a aceitar a mudança rapidamente, mesmo com as incertezas e ambiguidades do novo cenário.
Naturalmente, estamos falando de pessoas que têm um perfil de personalidade mais propenso a desenvolver as competências descritas; para elas, organizar suas vivências dessa maneira é relativamente fácil.
Porém, há pessoas cujo perfil é avesso à tomada de riscos, que precisam de previsibilidade e certezas em seu dia a dia, que procrastinam decisões e evitam tomar inciativas que podem dar errado e serem criticadas. Essas pessoas sofrem com as pressões do mundo baseado em volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.
O dilema que se coloca para essas pessoas é: "Minto na entrevista e tento sobreviver no emprego o maior tempo que conseguir ou uso de sinceridade e busco um cargo em uma empresa onde, na medida do possível, a pressão me será suportável?"

Para responder a esta questão, a quinta dimensão da competência de agilidade para aprender é essencial: autoconhecimento e a esta eu acrescentaria, integridade consigo próprio e com o mundo a seu redor

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O que os adolescentes estão lendo

Seus filhos têm hábito de leitura? Que ótimo! Se não, listamos os livros mais procurados por garotos e garotas para você incentivar a leitura em casa

           
 
Livros adolescentes
A leitura é um hábito importante em qualquer fase, em qualquer idade. Crianças, jovens, adultos e idosos encontram nos livros momentos de pura diversão. Sim, isso mesmo!
Até os adolescentes, que vivem às voltas com videogames, computadores e outros recursos tecnológicos, têm engrossado a lista de clientes de livrarias em busca de aventuras, romances e magia.
E vale a pena estimular esse hábito. Além de incentivar a criatividade, aprimorar a linguagem e enriquecer o vocabulário, as histórias podem ser fonte de aprendizado pessoal, ao abordar temas que afligem o jovem nessa fase, como o bullying e as angústias do primeiro amor.
Mas assim como os pais se informam sobre um filme para saber se ele é adequado ao seu filho, a escolha do livro também merece cuidado.
“Sempre consulto os site das livrarias antes de comprar um livro para minha filha. Assim, me informo se o tema é indicado para a idade dela, e descubro o que tem feito sucesso entre a garotada”, conta a professora de inglês Leila Barroso, mãe de Vitória, de 15 anos.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Gisele Bündchen estrela campanha do perfume Chanel nº5; veja teaser

A maison francesa Chanel divulgou nesta segunda (13) um trecho de sua nova campanha para o clássico perfume Chanel nº5, contando com a super modelo brasileira Gisele Bündchen --que em setembro desfilou para a grife durante a Semana de Moda de Paris.
O vídeo completo, dirigido por Baz Luhrmann, será divulgado nesta quarta (15). Por ora, o que dá pra ver é Gisele brincando com a fragrância junto a uma criança, surfando e fotografando em um galpão.

A modelo também foi confirmada na campanha de Verão 2015 da Chanel, o que quer dizer que Karl Lagerfeld decidiu apostar em Gisele tanto em sua linha de beleza quanto de moda.

Como proteger a criança de abuso quando ela nem sabe o que é sexo 7

A violência sexual contra crianças e adolescentes correspondeu a 25,7% das notificações recebidas pelo Disque 100, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, em 2013. As principais vítimas estão na faixa entre cinco e 12 anos. Para os especialistas, as melhores armas contra essa violência são informação e dar à criança a segurança de que ela pode confiar nos pais em qualquer situação, mesmo as mais constrangedoras. Mas como alertar o filho para o perigo quando ele, muitas vezes, ainda nem sabe o que é sexo?

"Uma criança bem informada é menos vulnerável", afirma a psicóloga Ana Claudia Bortolozzi Maia, coordenadora do Lasex (Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Sexual), da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Segundo ela, é preciso dizer ao filho que o toque por parte de uma criança mais velha ou de um adulto torna-se inadequado quando a pessoa pede "segredo" sobre o ato.

Para a criança entender, pode-se explicar que a babá pode tocá-la no banho ou que um médico, na presença de um responsável, pode tocá-la a fim de examiná-la. E esses profissionais não pedem segredo. Os pais podem contar também com a ajuda da literatura para o filho compreender a situação: "O Segredo Segredíssimo" (Geração Editorial) e "Pipo e Fifi", disponível no site www.pipoefifi.org.brprojeto.html, são bons exemplos de livros que ajudam a trabalhar o tema em casa.

Segundo o Instituto Cores - Centro de Orientação em Educação e Saúde, organização socioeducativa sem fins lucrativos, cerca de 87% dos abusos ocorrem dentro da família ou envolvem pessoas da convivência da criança. Um estudo, divulgado em maio deste ano, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), revelou que a violência é praticada, na maioria das vezes, por algum parente (33%) ou um amigo próximo da família (25%).

"O vínculo de dependência afetiva e o uso do poder entre abusador e abusado é o facilitador para que a violência aconteça. A vítima inclusive se sente culpada e fica constrangida de contar para alguém", afirma a psicóloga Patricia Oliveira de Souza.
Conversa de acordo com a idade
De acordo com a faixa etária da criança e seu amadurecimento, os pais têm de dar a ela informações sobre como lidar com o próprio corpo.

Com os menores, que ainda não sabem o que é sexo, é necessário demonstrar e explicar noções de privacidade, como ir ao banheiro de porta fechada ou não trocar de roupa na frente de outras pessoas.
É importante mencionar os nomes (técnico e o utilizado pela família) das partes íntimas, dizer que o corpo pertence à criança e que não deve ser tocado sem a sua permissão. Deixe claro que ela pode dizer não a adultos que tentem tocá-la, mesmo que seja uma pessoa querida. Com tato, os responsáveis devem explicar que um afago na cabeça é uma forma de carinho, mas nos genitais, não. E o contrário também vale, ou seja, os pais devem ensinar ao filho que ele não deve tocar nas partes íntimas dos outros, sejam do seu convívio ou não.

Para os maiores, por volta dos nove ou dez anos, é indicado contar que existe esse tipo de violência (sexual) e orientar para que reajam caso algum estranho tente forçá-los a acompanhá-lo. Ou que se soltem o mais rapidamente possível da pessoa e busquem ajuda de alguém de confiança.

É bom lembrar que existem abusos sem contato físico como estimular a nudez, mostrar uma revista ou filme pornográfico ou se despir intencionalmente na frente da criança. É preciso que os responsáveis também alertem para essas formas.

De olho nos sinais

A psicóloga Neusa Sauaia, fundadora do Núcleo Espiral - Pesquisa, Assistência e Prevenção da Violência contra Crianças e Adolescentes, afirma que uma criança que sofreu abuso sexual dá pistas sobre o ocorrido.

Segundo Neusa, na lista de possíveis sinais estão ansiedade elevada, problemas para dormir e se alimentar, aumento da agressividade, brincar com temas sexuais com bonecas e objetos e mostrar conhecimento sobre assuntos sexuais ainda não revelados pelos pais. Tornar-se apático, medroso, recusar a companhia de alguém ou ficar "grudado" em uma pessoa também podem ser indícios de que algo aconteceu.

O abuso também pode deixar rastros físicos, como assadura, coceira nos genitais ou nas nádegas. "Nenhuma criança vai chegar e dizer 'estou sendo abusada', mas ela dá sinais. Daí a importância do diálogo. Perguntar como foi o dia, o que fez, com quem brincou. É preciso dar atenção à criança para que ela saiba que pode confiar em um adulto para contar algo que a incomodou, e isso não vale só para abuso", declara a psicóloga Ana Cláudia Bortolozzi Maia, da Unesp.
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Internet ajuda a conhecer os filhos e estreita relações familiares 9

Imprimir Comunicar erro
  • Arquivo pessoal
    A empresária Érica Marques e a filha Piettra Marques Rebelo, 16, que usam a tecnologia e as redes sociais para facilitar a convivência diária e o relacionamento A empresária Érica Marques e a filha Piettra Marques Rebelo, 16, que usam a tecnologia e as redes sociais para facilitar a convivência diária e o relacionamento
Os pais dos jovens que viveram antes da internet não sabiam muito bem o que seus filhos compartilhavam, o que os amigos deles pensavam e, às vezes, nem por onde os adolescentes andavam. Com a tecnologia e as redes sociais, a convivência familiar ficou mais estreita. Além de aproximar quem está longe, as ferramentas permitem conhecer um pouco mais do universo de cada um.
Pelo Facebook, por exemplo, alguns pais têm uma ideia melhor do que se passa na vida e na cabeça dos filhos. "Através das postagens, conheço suas ideologias, seus pensamentos e o que acontece no seu entorno. As vontades e os desejos dela aparecem nas entrelinhas do que ela compartilha e comenta", diz a empresária Érica Marques, atuante na área de marketing digital, acerca do comportamento de sua filha Piettra Marques Rebelo, 16 anos, que criou o perfil na rede social há quatro anos com o aval da mãe.

A psicóloga Mariana Matos, professora de cursos de extensão sobre novas tecnologias e relacionamentos da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), acredita que as redes sociais apenas reforçam mudanças na família que já vinham acontecendo. "Antes dessas tecnologias, já havia uma abertura maior para o diálogo, as relações se tornaram mais íntimas e as crianças ganharam importância e participação na vida da família", explica.

Mas se antes bastava o adolescente fechar a porta do quarto para se isolar, hoje, isso já não é mais suficiente. "Existem tantos meios de contato que é normal os pais terem mais acesso ao que os filhos pensam, com quem se relacionam e perceber se há algum problema", observa Mariana.

Para o psicólogo Gonzalo Bacigalupe, professor do programa de Terapia Familiar da Universidade de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos, uma das vantagens da tecnologia, como celulares e redes sociais, no cotidiano familiar é a possibilidade de maior participação no dia a dia mesmo à distância. "Isso permite que as pessoas tomem decisões em colaboração com as outras", destaca.

A empresária Érica Marques tira proveito dessa agilidade da comunicação digital para poder acompanhar a filha Piettra, mesmo de longe. "Eu estava em uma reunião enquanto ela se arrumava para ir a uma festa. Ela tirou uma foto de como estava vestida e pediu minha opinião", conta.

Receio da tecnologia
Como acontece com qualquer revolução tecnológica, existe sempre o temor de que algo novo transforme de maneira negativa a forma com que as pessoas se relacionam. Há sempre o medo de que a tecnologia substitua o diálogo. "Antes da internet, a TV foi vista como vilã, que impediria de conversamos uns com os outros, de ficarmos juntos. E hoje a TV é como um evento social, algo que assistimos juntos", afirma Bacigalupe.
O professor da Universidade de Massachusetts enxerga a tecnologia mais como um meio para conectar as pessoas do que afastá-las. Pelas redes sociais, é possível dividir fotos e acontecimentos familiares com os parentes que moram longe, que em outros tempos perdiam totalmente o contato. "A tecnologia ajudou as famílias que vivem distantes, em diferentes cidades, a se manterem conectadas", fala.
Para a psicóloga Rosane Spizzirri, autora do livro "Adolescência & Comunicação Virtual" (Editora Sinodal), as redes sociais aumentam as possibilidades de comunicação e interação, porém em famílias que já mantêm um bom diálogo. "A tecnologia expressa nas famílias o funcionamento existente. Nas famílias que têm boa qualidade de interação, geralmente isso se estenderá às redes sociais e vice-versa", diz.

Segundo Rosane, os problemas, como o uso excessivo em momentos de convivência familiar e a troca do convívio presencial pelo virtual, surgem nas famílias disfuncionais. "Famílias com precária qualidade de afeto, convivência e autoridade terão maiores dificuldades em administrar essas ferramentas tão sedutoras aos jovens", explica a psicóloga.

Invasão de privacidade
Por mais que a tecnologia e as redes sociais facilitem a comunicação e ajudem a estreitar o relacionamento familiar, existe um espaço de cada um, inclusive do jovem, que deve ser respeitado. Na opinião de Gonzalo Bacigalupe, os adolescentes precisam ter sua própria cultura e seu mundo separado dos adultos para se desenvolverem.
"Existem coisas que eles não querem dividir com os pais e isso é normal, saudável. E eles sempre encontram maneiras de se comunicar de um jeito que os pais não necessariamente entendem", afirma.
Mesmo sem chegar ao extremo de bloquear os pais no Facebook, os jovens criam mecanismos para preservar a privacidade, como pela utilização de mensagens privadas e grupos no aplicativo de mensagens Whatsapp.
A psicóloga Mariana Matos defende que é importante que os pais compreendam essa necessidade e não aproveitem as ferramentas digitais para invadir a vida dos filhos. "É interessante usar para conhecer e conversar mais, porém quando isso é usado para um controle exagerado e para vigiar se torna negativo", diz.
Érica Marques revela que, no início, supervisionava todas as ações da filha Piettra no Facebook, contudo com muita conversa e explicação. Antes de postar uma foto, a garota tinha de pedir a validação da mãe, que muitas vezes perguntava, por exemplo, se Piettra achava uma boa ideia publicar uma foto de biquíni.
"Hoje ela já tem liberdade de postar a foto que escolher. E, quando eu não curto ou comento, ela pergunta se eu vi e porque ainda não interagi", conta a empresária. Para Érica, as redes sociais contribuem para a convivência diária e, no seu caso com a filha, ajudaram também a criar uma relação de mais intimidade e confiança.

 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

“Meu namorado me faz pedidos bem estranhos no sexo!” O que você faria?

“Nessa área do sexo, a gente nunca sabe a surpresa que vai ter. Comecei a namorar um cara muito legal, bonito, inteligente, estabilizado nas finanças e que parece me querer bastante. Como vou sempre na sexta para o apartamento dele recebi a seguinte instrução: “querida, não ponha suas calcinhas para lavar. Guarda num saquinho e traz para mim…” Nem perguntei o porquê e segui as instruções. Na sexta à noite, quando tirei da bolsa e entreguei a encomenda, ele passou a cheirar uma a uma, gemendo de prazer e depois, sem o menor pudor começou a se masturbar até o gozo. Sorri constrangida, mas aquilo foi só o início. Fui convidada a vestir várias lingeries que comprara, calcinhas rendadas que se usava na década de 50, até um baby doll, entre outras maluquices. Uma hora depois de desfiles e cheiradas, viu que eu estava ali e resolveu transar comigo .. Continuo a aceitar esse tipo de atitude?”

terça-feira, 6 de maio de 2014

Lenços no cabelo são ponto alto de Leandra Leal em Império e figurinista da novela desvenda o estilo de Cristina

Lenços no cabelo são ponto alto de Leandra Leal em Império e figurinista da novela desvenda o estilo de Cristina


Ela é a mocinha da vez na pele de Cristina, em Império e já começa a lançar moda. Leandra Leal faz sucesso no papel da suposta filha bastarda do Comendador, personagem de Alexandre Nero, e vem agradando o público com sua serenidade e visual característico. Por ser de origem humilde, Cristina precisa rebolar para conseguir manter as contas da família, o que não faz com que ela não se preocupe com a aparência.

Uma das características que se destaca são os lenços usados na cabeça. Variando as amarrações e estampas, os laçarotes - que são assunto da vez como aposta para o verão - aparecem em quase todas as cenas de Cristina. Cortesia da figurinista da novela, Helena Gastal.

"O figurino foi idealizado para uma moça moderna, descolada, antenada, mas com pouco poder aquisitivo. Ela compra suas roupas em brechós, feirinhas, garimpa peças no Saara (rua de comércio popular carioca) e em lojas populares. Além disso, ela também é do tipo que faz trocas com as amigas", conta Helena.

A figurinista define o estilo da personagem como "streetwear popular carioca". "Cristina usa muito jeans em calças, saias lápis e jaquetas, e os compõe com corpetes, blusas ciganas, blusas de algodão, com mangas curtas e cinturadas, além dos lenços. Como ela trabalha e estuda durante o dia, está sempre mais composta neste horário. Deixamos os vestidinhos e as minimolengas de seda para ela namorar à noite".

"Os lenços nos pareceram uma ótima opção para dar um charme e permitir a variedade de penteados em seus cabelos longos e cacheados", explica a figurinista. "Vimos algumas imagens em nossa pesquisa de street wear, em blogs e sites como Pinterest. Os primeiros vieram do Saara e depois fizemos outros no Projac, com novas estampas".

O segredo da peça fica na armação escondida. "Eles são costurados com arame dentro, para dar mais firmeza ao penteado. Os lenços foram escolhidos independentes da classe social dela. Eles servem para dar personalidade e charme à personagem".


Mas vai virar moda, como de tantas outras novelas? "Acho que as pessoas estão gostando dos lenços. A Leandra gosta muito, a equipe do figurino também", diz a figurinista. "Quando a mídia mostra, as pessoas naturalmente copiam o que gostam. Mas não sabemos dizer com antecedência o que vai virar moda".

No enredo da novela, enquanto se define se Cristina é ou não filha do protagonista milionário, as apostas é que a personagem migre para o núcleo rico. "A nova fase de Cristina ainda não está escrita, por isso não sabemos quando isto vai acontecer e se irá acontecer. Caso ela fique rica, podemos usar lenços de outra forma, mas nada ainda foi produzido. Fica para depois".

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Guillaume Henry é o novo diretor criativo da grife Nina Ricci

O francês Guillaume Henry assume a direção criativa da grife Nina Ricci no lugar do britânico Peter Copping, segundo informou nesta quarta-feira (8) o site WWD.
Atualmente no comando da Carven, Henry segue no posto até novembro, para depois assumir o novo cargo. Peter Copping, por sua vez, poderá assumir a direção criativa da grife de Oscar de la Renta - informação que ainda deve ser confirmada.
Ralph Toledano, presidente da divisão moda do grupo espanhol Puig, proprietário da Nina Ricci, disse que a "visão artística, a intuição, a curiosidade, a inteligência e o carisma" de Henry contribuirão bastante para "concretizar os grandes projetos da marca".
Henry assume o posto em 5 de janeiro e mostrará sua primeira coleção para a grife um mês depois, durante a temporada Outono/Inverno 2015.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Após seis anos solteira, britânica se casa consigo mesma

 
  • Fotógrafa estava cansada de relações a dois e quis celebrar boa relação consigo mesma Fotógrafa estava cansada de relações a dois e quis celebrar boa relação consigo mesma
Foi um casamento quase tradicional: teve vestido de noiva, aliança, votos e buquê. Mas o beijo foi dado em um espelho. A britânica Grace Gelder, 31, se casou com ela mesma.

"Não fiz isso porque ninguém tinha me pedido em casamento. Foi uma forma de celebrar a relação que eu já tinha comigo mesma", disse Grace à BBC.

Solteira há seis anos, a fotógrafa e videomaker disse que havia construído uma relação incrível com ela mesma e que se envolver com outra pessoa parecia "trabalhoso demais" naquele momento.

Ela afirma que, recentemente, estava tentando aumentar seu autoconhecimento. Em um curso de tantra, aprendeu como a sexualidade estava ligada a se conhecer e a compromissos feitos consigo mesma e com os outros.

Gelder se inspirou em uma música da cantora Björk, Isobel, que diz "Meu nome é Isobel/casada comigo mesma". Para celebrar a boa relação consigo e marcar uma nova fase, fez o pedido de casamento a ela mesma em um parque, em novembro do ano passado.

A fotógrafa afirma que muitas vezes as pessoas se comprometem com os outros antes de pensar no que gostam, nos compromissos que deveriam assumir com elas mesmas.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Aprenda a ver o lado bom das coisas ruins

- Quando tudo começa a dar errado em nossas vidas, a tendência é se desesperar ou até mesmo desistir. Porém, desespero e desistência só nos deixam mais abaladas e inseguras.
- Selecionei sete atitudes para que você aprenda a enxergar o lado bom das coisas ruins e, assim, fazer do limão uma deliciosa limonada!
Aprenda a ver o lado bom das coisas ruins
Foto: Shutterstock Images
1- Nada de drama e aflição! Respire fundo, tome um banho relaxante, faça uma prece e dê um tempo para os fatos se acalmarem, antes de tomar qualquer decisão.
2- Evite a reclamação e a revolta, porque elas só fortalecem seus problemas.
3- Tenha em mente que toda dificuldade traz a semente de um grande benefício. Portanto, ao invés de ficar focada em seu sofrimento, foque na pessoa melhor que você está se tornando ao superar tais desafios.
4- Procure se lembrar de situações difíceis do passado e de como você amadureceu depois das tempestades.
5- Busque se inspirar e ganhar coragem com casos reais de superação em livros, filmes ou mesmo em grupos de apoio.
6- Use seu poder mental para pensar e sentir que tudo já está resolvido e seja grata por isso. Agradecer por antecipação cria a realidade que você quer! Portanto, mesmo que ainda não seja real, diga e repita: “sou feliz e grata por tudo estar bem em minha vida!”.
7- Da próxima vez em que for planejar algo, considere também o plano B, ou seja, uma alternativa, uma saída para o caso de algum projeto não dar certo. Isso irá lhe proporcionar mais segurança e autoconfiança!