quarta-feira, 15 de junho de 2011

Educafro queima faixa do SPFW em frente à Prefeitura de SP

O Organização Não-Governamental Educafro, que trabalha pela inclusão dos negros em todos os setores econômicos, realizou um protesto neste domingo contra a baixa presença de negros e índios nos desfiles durante a semana de moda paulista, a São Paulo Fashion Week. Uma faixa, com os dizeres "SPFW: Cadê os negros" foi queimada em frente à Prefeitura de São Paulo.

O protesto terminou em frente a uma agência do Banco Itaú, na Praça do Patriarca, região central da capital paulista. Em frente ao banco, as queixas foram com relação aos problemas que os negros têm enfrentado nas portas giratórias dos bancos. No dia 1 de junho, Felipe Terra foi baleado no pescoço por um segurança do banco, no Rio de Janeiro, e de acordo com laudos preliminares, pode ficar tetraplégico.

Frei David Santos, diretor executivo da Educafro, diz que a direção da semana de moda não cumpriu nos últimos dois anos o Termo de Ajustamento de Conduta, assinado em 2009, que previa presença de pelo menos 10% de modelos negras e indígenas. O termo tinha validade até o início desta edição da semana de moda.

"Escolhemos queimar a faixa em frente à Prefeitura porque há dinheiro público envolvido na semana de moda, mas os governantes não têm cobrado as contrapartidas necessárias. Vamos ao Ministério Público cobrar uma cota ainda maior para as próximas edições, já que eles não cumpriram o que estava combinado", disse.

Frei Santos disse que o protesto foi também um repúdio contra a forma discriminatória e vexatória com que os bancos e os grandes empresários da moda tratam o "nosso povo". Um dos refrões do protesto dizam "Fashion Week, preste atenção, negros e índios é que são o Brasilzão". Cerca de 300 pessoas participaram da manifestação.

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