sexta-feira, 4 de julho de 2014

Antes de engravidar, quem bebe ou fuma precisa passar por 'detox'

O ideal é suspender a contracepção após parar de usar qualquer substância tóxica
O exercício da maternidade exige muitas mudanças na vida da mulher –a começar pelas físicas. A gestação provoca alterações hormonais e metabólicas importantes e, por isso mesmo, antes de engravidar, é preciso garantir que a saúde esteja em dia. O cuidado inclui abandonar hábitos como fumar e beber, que podem ser perigosos para o bebê em formação.
Fábio Sakae Kuteken, ginecologista da rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo, explica que o período de formação do feto é compreendido entre a segunda e a 12ª semana de gestação. "Nesse intervalo, ocorre uma intensa multiplicação celular e podem acontecer também malformações. Considerando que a confirmação da gravidez é feita quando a mulher se encontra com, pelo menos, de duas a três semanas de gestação, o ideal seria interromper o uso de substâncias químicas antes mesmo de parar o método contraceptivo", afirma o médico.
De maneira geral, assim que a mulher interrompe o uso de alguma substância nociva ao bebê, acaba o perigo. "Para a maioria dessas substâncias, a interrupção imediata já seria eficaz na prevenção de malformações. O errado é achar que o uso em baixas doses não causa problemas ao bebê", afirma Kuteken. É o caso, por exemplo, do álcool, para o qual a ciência ainda não conseguiu estabelecer uma margem segura de consumo durante a gestação.
O risco de beber é o desenvolvimento da SAF (Síndrome Alcoólica Fetal), que pode acarretar diferentes níveis de comprometimento ao bebê –de baixo peso no nascimento à redução do número de neurônios.

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