domingo, 17 de agosto de 2014

Conheça sete motivos errados para querer ter filhos

Uma criança deveria vir ao mundo porque é fruto de um desejo e de um amor muito intenso entre seus pais, que, juntos, decidiram o momento ideal da relação para gerá-la. Nem sempre, porém, é o que acontece, e o nascimento de um bebê por uma razão equivocada pode trazer muitos problemas a um casal: rompimento, inclusive. UOL Comportamento conversou com especialistas que elencaram sete motivos errados para engravidar. Veja:

1. Segurar casamento ou o par

Muitas pessoas –em sua maioria, mulheres, mas alguns homens também pensam desse modo– acreditam que o nascimento de um bebê é uma espécie de "celebração mágica" de um relacionamento perfeito. A chegada de uma criança, para muita gente, serviria para fortalecer os vínculos afetivos entre seus pais, enchendo a casa de amor e alegria. É fato que filhos dão um novo colorido à existência, mas para que isso aconteça é fundamental que o casal já esteja bem, e nunca jogar a esperança de se entenderem nos ombros de alguém que não tem nada a ver com seus problemas.
Segundo a psicóloga Cecilia Russo Troiano, de São Paulo (SP), autora do livro "Vida de Equilibrista – Dores e Delícias da Mãe que Trabalha" (Ed. Cultrix), filhos devem ser planejados e fruto do desejo do casal em formar uma família. "Se antes de ter filhos o casal já não está bem, com a chegada de um bebê os conflitos podem se acentuar, já que outros temas surgirão sobre os quais os pais terão que se entender. A harmonia do casal precisa ser ainda mais efetiva após as crianças. Se não há isso antes do nascimento, o filho pode ser o gatilho da separação, porque os cuidados fazem com que as diferenças fiquem mais evidentes", afirma Cecilia.

2. Fazer companhia para o filho que o casal já tem

Para Sergio Klepacz, psiquiatra do Hospital Samaritano de São Paulo, esse pode até ser um argumento compreensivo, mas não garante a felicidade nem a estabilidade emocional dos filhos –de nenhum deles. "Em alguns casos, pode até gerar ciúmes excessivos entre os irmãos", diz. Vale a pena refletir: será que a criança se sente mesmo solitária ou essa impressão é reflexo de uma percepção dos pais, que muitas vezes se culpam de não poder dar mais atenção e tempo ao filho?
Na opinião de Cecilia Russo Troiano, o casal também pode arranjar companhia para a criança de outros jeitos: com um animal de estimação, colegas da escola, amigos do bairro etc. "Não podemos ter filhos pensando no caráter prático da 'companhia'. Além disso, haverá momentos em que o mais velho vai querer tudo, menos a presença do mais novo", afirma.

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