terça-feira, 15 de abril de 2014

Você é bem sucedido ou fracassa nas suas conversas amorosas?

Você é daqueles que:
1- Não consegue ser atraente nos bate-papos, tanto naqueles que acontecem cara a cara, como naqueles que acontecem através de aplicativos para iniciar e desenvolver relacionamentos?
2- Atrai de longe, mas quando vai conversar logo leva um fora?
3- Os inícios dos seus relacionamentos não passam do primeiro encontro?
4- Não sabe usar a conversa para trazer satisfação para os seus relacionamentos?
5- Não sabe usar a conversa para desenvolver e manter relacionamentos?
Você respondeu "Não" para todas essas perguntas? Parabéns! Você deve ser muito bom de papo. Leia este artigo e confira as suas habilidades!
Você respondeu "Sim" para uma ou mais que uma dessas perguntas? Leia esse artigo e tente identificar o tipo de erro que você está cometendo nas suas conversas.
A conversa é o principal tipo de relacionamento social
A maioria das interações humanas acontece através da conversa. Além disso, a conversa é capaz de proporcionar grandes satisfações ou grandes sofrimentos para os interlocutores. Por esses dois motivos, a boa conversa é um dos principais pilares de todos os tipos de relacionamentos pessoais.
Para haver uma boa conversa, é necessário que a comunicação não verbal seja eficiente, ouvir ativamente, falar coisas interessantes e agradáveis e não falar coisas inapropriadas.
Neste artigo, vou tratar dos principais acertos e erros verbais e não verbais que podem acontecer durante uma conversa. Os acertos contribuem para o sucesso do relacionamento. Os erros podem gerar consequências muito desagradáveis como, por exemplo, a reprovação durante as tentativas para iniciar relacionamentos amorosos ou o fracasso das tentativas para manter e desenvolver relacionamentos amorosos.

O teste da conversa para iniciar relacionamentos amorosos

Um relacionamento amoroso pode começar de três formas:
1- Flertar à distância e ser correspondido. Parabéns! Depois disso, é hora de fazer a abordagem e começar a conversar.
2- Ser apresentado para alguém atraente. Que ótimo! Esta é uma boa oportunidade para impressionar bem essa pessoa e, assim, iniciar um relacionamento com ela. Para que isso aconteça, é muito importante sair-se bem na conversa que está sendo iniciada com ela.
3- Já conhecer uma pessoa que seja atraente na área amorosa. Quando surge uma boa oportunidade para conversar com ela, é possível flertar durante a conversa para tentar iniciar um relacionamento amoroso com ela.
Pois bem, nestas três situações descritas acima, a conversa funciona como “teste” obrigatório para passar de fase, ferramenta para cativar a parceira e meio para flertar com ela. Caso a conversa seja bem sucedida, o relacionamento pode passar para o estágio seguinte: foi dado início ao relacionamento amoroso.

O que fazer para desenvolver uma boa conversa

Algumas das principais medidas para desenvolver uma boa conversa são as seguintes:
Mostrar disponibilidade para conversar. Maneiras de fazer isso: dizer ou dar a entender que está com tempo disponível para conversar; pedir para conversar com o interlocutor; parar o que está fazendo para dar atenção para o interlocutor; acomodar-se para conversar confortavelmente por um bom tempo (sentar-se, encostar-se a uma parede, etc.).
Mostrar disposição para conversar: mostrar entusiasmo para conversar, introduzir assuntos, assumir a mesma posição do interlocutor (por exemplo, sentar-se quando ele estiver sentado ou ficar em pé, caso ele esteja em pé), assumir distância apropriada para este tipo de atividade, orientar a frente do corpo na direção do interlocutor.
Apresentar sinais que indicam que você está acompanhando e entendendo o que o interlocutor está comunicando: anuir com a cabeça nas horas certas; emitir vocalizações que indicam que está acompanhando o que o interlocutor está dizendo (hum, hum,), apresentar perguntas pertinentes, etc.
Ajudar o falante a gerenciar a sua comunicação. Para isso, o ouvinte deve apresentar mensagens do tipo: fale mais, fale menos, apresente mais detalhes, explique melhor.
Ajudar o falante a desenvolver a sua comunicação: pedir exemplos, pedir esclarecimentos, resumir o que ele disse (o resumo mostra que o ouvinte entendeu o que o interlocutor comunicou, estimula novos desenvolvimentos dos tópicos já apresentados, fornece “ganchos” para que ele continue a falar, etc.).
Motivar o falante para continuar a falar. Quanto mais o falante verifica que a sua comunicação está produzindo os efeitos pretendidos no ouvinte, maior a sua motivação. Aqueles ouvintes que ajudam a comunicação do falante, que estimulam a sua criatividade e inteligência, são aqueles que mais contribuem para o sucesso do falante.

Erros passivos e ativos cometidos durante a conversa

Um erro é cometido quando a maneira de agir não é coerente com os objetivos de quem age. Por exemplo, um interlocutor está motivado para continuar a conversa, mas age de modo a desestimulá-la.
Os erros cometidos durante o relacionamento podem ser classificados como passivos ou ativos.
Erro passivo: deixar de fazer algo que deveria ser feito. Por exemplo, deixar de reagir a algo interessante que o interlocutor disse e, por isso, desestimulá-lo a prosseguir com o assunto ou com a conversa.
Erro ativo: fazer algo que não deveria ser feito. Exemplos: falar o tempo todo e pressionar o interlocutor para agir em um nível de intimidade que é desconfortável para ele.

Erros passivos

Alguns dos principais erros passivos que são cometidos na conversa são os seguintes:
Conversar em um lugar que não dê para interagir satisfatoriamente com o interlocutor: um lugar barulhento, por exemplo. Para completar o desastre, vá a um lugar que não tenha atrativos. Ai a tortura será completa. Por exemplo, marcar a conversa em um lugar onde não é possível sentar, não dá para comer, não dá para conversar, não há nada interessante para se fazer. Ou seja, neste lugar não é possível conversar por causa do barulho, é desconfortável e não há nada agradável para fazer.
Não estimular a conversa. Não repercutir o que foi dito pelo interlocutor; não fazer o papel de ouvinte ativo (por exemplo, não apresentar perguntas); monopolizar a fala, os assuntos e a forma da conversa; não compartilhar pensamentos e sentimos no nível adequado de intimidade para o relacionamento e para as circunstância presentes.
Não propor assuntos. Isso vai dar a impressão que você não quer prolongar a conversa, que você não há nada que esteja afetando você e que você não tem  gosto pessoal pelas coisas e pela vida.
Responder o mínimo possível: dê respostas mais curtas possíveis, monossilábicas, de preferência. Assim você vai desestimular novas perguntas e dar sinais que não quer conversar. Assim, também, se o interlocutor insistir em apresentar novas perguntas, a conversa vai se tornar um interrogatório muito desagradável para ambas as partes.
Não apresentar informações gratuitas (informações fornecidas sem que tenham sido solicitadas): responda só o que foi perguntado. Assim o interlocutor não vai ter ganchos para continuar a conversa
Só apresentar informações gratuitas impessoais. Por exemplo, quando o interlocutor perguntar onde você mora, dê o nome da rua, bairro um ponto de referência conhecido, ao invés de dar o nome da rua e dizer que gosta do local, que está lá desde que nasceu. Assim a conversa ficará impessoal e superficial.
Não apresentar feedback para a comunicação. Não deixe o seu interlocutor saber como aquilo que ele comunicou afetou você (o feedback para a comunicação do interlocutor é a expressão dos sentimentos e pensamentos que foram provocados pela comunicação que ele apresentou antes). Assim, ele vai ficar sem saber o que você a respeito do que ele disse e o qual impacto a sua comunicação teve em você.
Só falar coisas convencionais e socialmente aprovadas. “Bons tempos aqueles”, “Faz tempo que não chove”, etc. Esta forma de agir vai tornar a conversa e a sua comunicação totalmente sem graça e insípidas.
Não mostrar interesse e prazer em conhecer o seu interlocutor. Não pergunte nada sobre ele ( o que ele faz, o que acha das coisas, etc.). O que importa é você e o seu ponto de vista.

Erros ativos

Adotar um nível inadequado intimidade: adotar um nível muito alto ou muito baixo de intimidade para aquele interlocutor e para aquela circunstância.
Ser rápido ou lento demais nas tentativas para estabelecer intimidade. Por exemplo, tentar, muito rapidamente, ver se ela topa sexo. Procurar sondar, muito rapidamente, se ele topa um relacionamento sério ou se ele só quer ficar.
Apresentar muitas perguntas fechadas - aquelas perguntas cujas respostas são “Sim” ou “Não”, “Hoje” ou “Depois”, “Dez anos”, etc.
Monopolizar a fala: o tempo de fala (você fala mais tempo do que o interlocutor), o modo da fala (por exemplo, perguntas e respostas).
Ser desagradável. Por exemplo, seja irônico com o interlocutor, contradiga-o sempre que possível; procure intimidá-lo e ridicularizar seus pontos de vista. Mostre-se superior
Você tem dificuldades para passar nos testes da conversa e para usar a conversa para manter e estimular seus relacionamentos? Procure a ajuda de um psicólogo.

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